Já na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Experimental de Vitória-Ufes, a curiosidade de um grupo de cinco estudantes, alguns deles público-alvo da educação especial, motivou a professora Maria da Penha Del Maestro a promover atividades envolvendo as IAs. Utilizando diversas das ferramentas disponíveis, os estudantes buscam o apoio para desenvolver as atividades propostas na disciplina de ciências, em geral pesquisando sobre o conteúdo e depois discutindo o que fazer em seguida.
A educadora conta que os estudantes já utilizaram ferramentas de geração de slides, geração de QRcode e geração de imagens, por exemplo. "Inclusive numa apresentação que eles realizaram sobre a Mata Atlântica, percebemos que uma imagem gerada pela IA não estava condizente com o bioma, e isso nos fez refletir, compreendendo que a mente humana ainda é o melhor mediador da aprendizagem".
A professora destaca ainda que por meio dessas atividades chegou a diversas conclusões interessantes em conjunto com os estudantes. "Como conclusão, entendemos que é importante para o ensino formal acompanhar a evolução tecnológica, que em geral apresenta ferramentas, muito úteis, que podem reencantar a educação. No entanto, nada supera a inteligência natural, porque está associada ao funcionamento complexo de um corpo aprimorado por milhões de anos de evolução biológica, cujo funcionamento integra sensibilidade, inteligência e um senso moral que favorece e potencializa a condição humana", completou.